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sábado, 13 de agosto de 2011

DEVOLUÇÃO DE UMA CRIANÇA ADOTADA

Muitos pretendentes se preparam para adotar uma criança e fantasiam um filho sonhado. Mas o que existe é uma criança real. Como a realidade não corresponde ao idealizado, devolvem a “criança-objeto”, aquele que é “o filho dos outros”.

A adoção é apenas o processo para se ter um filho. Esta, depois de concluída, será apenas uma etapa dos pais adotantes e do filho adotado. Daí para frente acaba o “filho adotivo” inicia a fase de filho e ponto final.
Alguns pais adotivos levam em consideração a diferença física, o comportamento diferente, a ausência dos laços sanguíneos como fatores determinantes para gerar a hostilidade e a rejeição. É muito mais fácil colocar a culpa da sua incapacidade e irresponsabilidade na criança, que é o ser frágil e que necessita de acolhimento.
Esta criança que já foi abandonada pelos progenitores, (fato diferente de “devolver”), teve o direito de nascer mas tem no seu destino o caminho do abrigamento e possível adoção. Poderá ser amada pelos adotantes mas poderá acontecer um fracasso por parte dos adultos que não lutam pela conquista afetiva.
Os filhos biológicos ou consangüíneos também apresentam dificuldades e os pais não podem “se livrar” deles, expulsá-los de casa. Filhos, sejam gerados pelos pais ou adotados, não tem prazo de validade e não podem ser trocados por apresentarem um possível “defeito” (que todos temos).
As seqüelas ficarão na criança que passa pela devolução. Haverá queda de autoestima, dor, sofrimento, se sentirá rejeitada, incompreendida. O pior que muitos fazem a “devolução” após bom tempo de convivência, machucando sobremaneira aquele que está, muitas vezes, chegando na adolescência. A criança cresce, não é mais dependente e os adultos esquecem que também foram crianças arteiras e adolescentes.
Os adultos que “devolvem“ uma criança deveriam ser juridicamente responsabilizados por tal ato. Sabemos de um caso de devolução em que o jovem desenvolveu “cegueira emocional”. Seus olhos clinicamente perfeitos se negavam a ver o mundo.Tornou-se um cego devido o trauma por que passou.
Pedimos aos adotantes que pensem muito antes de levar uma criança cheia de esperança para casa. É preferível pedir um prazo para pensar melhor, aumentar o período de aproximação e ter certeza no que está fazendo.
Criança não é um brinquedo que é escolhido numa loja e que poderá ser trocado ou devolvido. Nos abrigos não há opções, há pessoinhas cheias de esperança de ter família,de ser amada e respeitada. Criança não é objeto, é GENTE!!!! (

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