GEAAFA NO FACEBOOK....

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

ADOÇÃO HIV, uma possibilidade de amor...

O medo de perder um filho em pouco tempo ou os cuidados e medicamentos necessários aos soropositivos faz com que muitas pessoas ignorem a possibilidade da adoção de uma criança portadora do vírus HIV. Esse medo, porém, impede a vivência de uma bela lição de vida, como definem os pais que deixaram de lado o preconceito.

Não existe um registro exato sobre os números de adoções de crianças e adolescentes com HIV. Os poucos casos são lembrados com alegria por profissionais dos abrigos onde moram os jovens. A promotora de Justiça da 2ª Vara da Infância e Juventude - Adoção, Marilia Vieira Frederico Abdo, arrisca a estimativa de menos de 1% de crianças e adolescentes soropositivos adotados. "Elas não têm chance", lamenta. A promotora conta que, nos cadastros de pais candidatos à adoção, a opção "criança com HIV" sempre é descartada.

Órfãos da Aids ou abandonados pela família biológica ainda recém-nascidos, crianças e adolescentes com HIV crescem em abrigos que dispõem de estrutura necessária para atender ao público. A criação de espaços específicos para os soropositivos não se justifica pelo preconceito ou a preocupação em deixá-los com outras crianças, mas pela infraestrutura -medicamentos, equipe técnica preparada e outros- que oferecem.
 
Lição de vida

A adoção de crianças com HIV segue no caminho contrário ao das outras. Enquanto os pais interessados em adotar se dirigem à vara específica e são apresentados a meninos ou meninas com o perfil que escolhem, a adoção de soropositivos é fruto de uma paixão entre atuantes da área e as crianças.

"Os pais que adotam (crianças com HIV) são pessoas extremamente especiais. Eu digo que quem adota é acima da média, que não vai achar dificuldade em nada, não vê obstáculos", afirma a promotora Marilia. Ela ainda complementa que, diferente do que esperam aqueles que rejeitam a adoção de crianças com HIV, a oportunidade de ter uma família contribui para o bem estar dos jovens. "A carga viral (quantidade do vírus HIV no organismo) baixa drasticamente quando a criança vai para uma família", comemora. "Ela vive muito bem. Só desenvolve a Aids se tem baixa imunidade. São saudáveis, independente do HIV", complementa Maria Rita, da Apav.

A coordenadora da Apav acompanha de perto a melhora que uma família traz às crianças soropositivas. Ela, que considera as mais de 100 crianças já atendidas pela organização como sua família, adotou há dez anos um filho soropositivo, experiência que considera uma "lição de vida". "A adoção nos ensinou a viver, a enfrentar as dificuldades, não ter medo do futuro. O ser humano é muito egoísta, quer satisfazer a vontade de exercer a paternidade, não está preparado para sofrer. Muitos deixam de ser feliz com medo no futuro", afirma.

Transmissão vertical pode ser evitada

Curitiba - Entre cada 100 gestantes com HIV que não fazem tratamento durante a gestação, 30 crianças nascem infectadas pelo vírus, o que caracteriza a transmissão vertical. As chances do vírus da mãe passar para o bebê caem para até 2% quando é realizado o acompanhamento durante o pré-natal.

A transmissão vertical pode ocorrer em três momentos: durante a gestação, na hora do parto ou na amamentação. A maior incidência é referente ao momento do parto, 60 a 70% dos casos. O HIV passa de mãe para filho por meio do sangue e secreções da membrana que protege o feto, rompida nas contrações do parto normal. Em menor índice, a transmissão ocorre no oitavo mês de gestação. Além disso, as mães soropositivas não podem amamentar seus filhos, pois o vírus HIV também é passado aos bebês pelo leite materno.

A transmissão vertical só é comprovada quatro meses após o nascimento da criança. O teste que identifica o HIV é realizado no primeiro mês de vida e repetido após três meses, quando a criança desenvolve sua própria imunidade. Se o resultado for negativo no segundo teste, a criança não foi infectada. Caso o resultado seja positivo nas duas dosagens, a criança possui o vírus HIV.

'Cada um tem uma missão'

Curitiba - Para o adolescente Oliver (nome fictício), ser soropositivo não representa um problema em sua vida. Aos 17 anos, o jovem diz ter chegado à conclusão de que o convívio com o HIV é um sinal. "Já pensei que não precisava ter o vírus, não foi minha culpa, não abusei de nada. Cada um tem uma missão, se tenho HIV é que tenho que fazer alguma coisa", analisa.

Ele nasceu com o vírus, passado de sua mãe pela transmissão vertical. A descoberta aconteceu apenas aos 6 anos de idade, quando a mãe, que não sabia de sua sorologia e, por isso não fez acompanhamento específico para evitar a transmissão vertical, passou mal. Um teste verificou a presença do HIV em Oliver e em seu irmão mais novo, que hoje tem 15 anos.

De personalidade tranquila, Oliver está no último ano do ensino médio e faz um curso técnico em informática. No final do ano, presta vestibular para artes cênicas, para realizar o sonho de ser ator. Além dos compromissos com os estudos, o adolescente também se dedica à organização onde vive desde os 9 anos, a Associação Paranaense Alegreia de Viver (Apav). "Moro aqui, tenho de tudo e posso fazer algo para compensar isso."

O jovem mantém contato com a família, principalmente com a avó, com quem morou até os 6 anos. Mesmo sem a possibilidade de ser adotado, ele acredita que o receio dos pais em relação às crianças soropositivas é resultado da desinformação. "Não que a pessoa seja ignorante, mas não tem conhecimento sobre o assunto e fica com medo de adotar, até medo de pegar na criança. Isso não acontece, é só ter cuidado", explica. Para ele, a adoção é uma opção para ter filhos no futuro, além dos biológicos. Inclusive a adoção de crianças com HIV. "Você adotaria uma criança soropositiva", pergunto. "Com certeza", responde Oliver com brilho nos olhos.

Fonte: Folha de Londrina
Autor: Carolina Gabardo Belo

6 comentários:

  1. Boa noite! Eu e meu esposo, somo habilitados, temos um perfil bem abrngente, cçs de (0 a 6 anos), cor indiferente, sexo, indiferente, HIV (sim), doenças tratáveis (sim). E ainda assim a fila demora não conseguimos entender. Se é divulgado em diversas midias que muitos e muitos bebes soro positivo sao abandonadoos e nao tm quem os adote, porque até agora, não temos nosso filho ou filha, ja que estamos no CNA e de coração aberto para recebe-los????? (vivi_guimaraes_alves@hotmail.com)

    ResponderExcluir
  2. Boa noite! Eu e meu esposo, somo habilitados, temos um perfil bem abrngente, cçs de (0 a 6 anos), cor indiferente, sexo, indiferente, HIV (sim), doenças tratáveis (sim). E ainda assim a fila demora não conseguimos entender. Se é divulgado em diversas midias que muitos e muitos bebes soro positivo sao abandonadoos e nao tm quem os adote, porque até agora, não temos nosso filho ou filha, ja que estamos no CNA e de coração aberto para recebe-los????? (vivi_guimaraes_alves@hotmail.com)

    ResponderExcluir
  3. É verdade, quem vai poder responder a pergunta dela?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Vivi e Cristina,
      A resposta para esta questão está principalmente relacionada ao Serviço Social da sua comarca. Se já está com o processo de habilitação finalizado e seus dados já inseridos no CNA, sugerimos procurar o Serviço Social forense da sua comarca para saber o que está acontecendo. Este perfil é bem abrangente e não vemos motivo para tanta demora.
      Boa sorte e conte conosco!
      Melissa
      GEAAFA

      Excluir
  4. Houve um monte de dúvidas sobre a cura da aids hiv, eu também duvidavam, mas agora eu acredito que o milagre que eu recebi também pode ser de grande ajuda para o mundo e as vítimas do HIV / SIDA. Meu nome é Angela meu email é angelafreemane@gmail.com eu vivi com este vírus mortal por mais de um ano, meu marido descobriu que nós éramos ambos HIV positivo, que nos fez deprimido. Nós tentamos por todos os meios para viver nossas vidas, apesar de esta coisa em nosso corpo. Até que nós tropeçamos mediante esta poderosa herbalista que retratou uma cura para o vírus. No início, estávamos céticos, mas meu marido insistiu em dar-lhe uma tentativa e pedimos para algumas de suas ervas e algumas semanas após a conclusão do processo do herbalista, fomos para um teste como indicado pelo médico, fomos sobrecarregado com felicidade quando recebi os resultados na clínica que meu marido e eu agora são HIV negativos. A taxa de vírus no corpo caiu em algumas semanas estávamos completamente cicatrizado .. A coisa mais importante é para você ser curado, se você quer saber sobre este fitoterapeuta chamá-lo de agora em diante +2349032913215 ou e-mail: ODINCURAHIV@GMAIL.COM Deus te abençoe.

    ResponderExcluir
  5. Já existe a cura funcional para o HIV, com o uso correto do medicamento , a carga viral cai a ponto de ficar indetectavel, tornando a transmissão do vírus quase nula . Eu não acredito que exista cura , pois o vírus tem uma mutação muita rápida o que torna quase impossível a sua exterminação, mas como para Deus nada é impossível, rezo para que isso aconteça e acabe com o sofrimento de quem convive com o vírus.

    ResponderExcluir

RECOMENDE