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domingo, 4 de setembro de 2011

A IMPORTÂNCIA DA ADOÇÃO

"Adotar é dar a uma criança ou adolescente a oportunidade de ter um lar, uma família de forma definitiva, com todos os vínculos próprios da filiação, a oportunidade de crescer, crescer para a vida, a adoção deve ser vista como a oportunidade de se ter um filho que se decidiu ter."

É um ato que se faz por vias legais, pelo qual se criam laços semelhantes à filiação biológica, ou seja, o filho adotivo tem todos os diretos e deveres que um filho biológico teria, a adoção não poderá ser alterada, é irrevogável, é um ato de amor e não um simples contrato, não é sentimentalismo, nem caridade, razão pela qual deverá ser o resultado de uma decisão muito bem pensada e madura.

A adoção envolve vocação, vontade de desenvolver a maternidade e a paternidade intuitiva, pelo real desejo de ter um filho, reflete o desejo de construir uma família, por decisão dialogada e refletida. O momento certo da adoção é aquele em que o casal sente que mais alguém deve compartilhar de suas vidas, quando tudo está bem, quando há muita paz interior, harmonia, quando o casal está afetiva e efetivamente unido.

É um erro adotar por mero capricho ou pelo desejo de afirmação social, erro maior ainda se for pagamento de promessa, por caridade, para resolver conflitos conjugais, a adoção não é uma fórmula mágica para tapar buracos.

Há pessoas que acham que a adoção pode substituir a criança que morreu, “ninguém substitui ninguém”, se houve uma perda de um filho, melhor será dar um tempo, deixar passar o luto e amadurecer a idéia, pois a criança que virá ocupar o lugar do filho que partiu, certamente não será a reprodução do anterior.

Muitas vezes os casais pretendentes à adoção, estão despreparados para conviver com uma criança, apesar de desejarem com toda a sinceridade, não sabem como deverão se comportar ou como será o novo ambiente familiar, a preparação é muito importante para que possam desempenhar com naturalidade o papel de pais, ajudando a criança a se desenvolver plenamente.

As pessoas interessadas em requerer a adoção devem fazer uma alta análise, para que conheçam seguramente a real motivação que as leva a esse compromisso, conscientizando-se da responsabilidade e complexidade desse grandioso ato, é extremamente doloroso o arrependimento dos pais e mais doloroso ainda para a criança, saber que novamente foi indesejada ou rejeitada, podendo ser devolvida para a instituição...

Muitos casais na expectativa e na ânsia de terem o tão sonhado filho, não percebem o seu despreparo psicossocial, necessitando de informações e orientações sobre o relacionamento entre pais e filhos, uma boa orientação tanto para pretendentes a adoção, como para pais adotivos, pode ser obtida através de psicólogos, assistentes sociais e grupos de estudos e apoio a adoção.

A criança deve entrar em um lar sem o compromisso de resolver os problemas dos adultos, não se deve por em suas costas tamanha responsabilidade, afinal ela é um ser frágil, em desenvolvimento, que precisa de proteção e afeto.

Um filho se adota por amor, os pais adotam e também são adotados por esse filho, para amá-lo não é preciso que ele saia de seu ventre, nem que seu esperma e seu óvulo tenham colaborado para que ele viesse ao mundo, ele não precisa ser gerado dentro das paredes de sua casa para ser amado, as raízes se formarão na alma humana, tornando-se um amor incondicional, após algum tempo você sentirá quão grande é esse amor...   

Maristela Lorenzoni – Mãe adotiva - Grupo de Estudos e Apoio à Adoção Semeando Amor - Campos Novos / SC

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